As drogas psicoativas são substâncias naturais ou sintéticas que ao penetrarem no organismo humano, independente da forma (ingerida, injetada, inalada ou absorvida pela pele), entram na corrente sanguínea e atingem o cérebro alterando todo seu equilíbrio, podendo levar o usuário a ter alucinações, a reações agressivas, ao vício e à morte, seja por overdose (intencional ou não), seja por doenças adquiridas no compartilhamento de seringas ou através de doenças oportunistas devido à baixa imunidade do usuário, ou ainda pelo assassinato (acerto de contas entre os vendedores e os consumidores inadimplentes).
Deste modo, pergunto: O que leva uma pessoa a usar drogas?
Pesquisas revelam, e minhas próprias observações e conhecimento de mundo corroboram, que as causas mais comuns são curiosidade, desejo de se sentir incluído em um grupo (no caso em que o grupo seja de usuários) e o sentimento de fuga da realidade.
A curiosidade é mais comum entre os adolescentes, pois é quando um mundo, de repente, surge aos seus olhos. Os pais tornam-se mais permissivos os deixando sair sozinhos e voltarem tarde. Geralmente recebem mesada e não têm que prestar contas aos pais sobre seus gastos. Descobrir novas sensações torna-se vital.
Ao se sentir acolhido em um grupo, o adolescente passa a seguir as regras do mesmo. A vestimenta, as gírias e até os hábitos alimentares são ditados pelos membros mais antigos. Daí, se fumar maconha ou tomar ecstasy faz parte dos “termos”, o jovem acaba por entrar nessa cilada e quando menos espera, perceberá que se tornou um escravo das drogas e um aliciador de outros tantos jovens que entrem para o mesmo grupo.
Nessa idade é mais do que importante o acompanhamento diário e a total atenção dos pais, porque ao se sentirem carentes e desprovidos de informação adequada, ficam sujeitos a influências negativas tanto de “amigos” quanto da própria mídia (televisão, cinema e música).
É também importante que os pais passem a maior quantidade de informações possível aos filhos e tomem o devido cuidado de esclarecer quaisquer dúvidas pendentes. Isso, é claro, além do básico que os pais devem dar a seus filhos – amor e carinho – que muitas vezes serve como uma prevenção.
Entre os adultos, o motivo mais recorrente é o desejo de fuga ou uma forma de tomar coragem para enfrentar e/ou aguentar situações difíceis. Não conseguindo suportar as adversidades da vida, homens e mulheres afundam-se em depressão ou tornam-se hipocondríacos e acabam por viciar-se tanto no uso de drogas aceitas pela sociedade (remédio para dormir, para dor de cabeça, para depressão e para gripe, cigarro e bebidas alcoólicas), quanto de drogas proibidas (estimulantes, depressoras e alucinógenos).
Procurar profissionais especializados é a melhor opção sempre. Um psicólogo /psiquiatra é quem melhor pode dar assistência em momentos de grande ansiedade. Mas uma boa dica é manter hábitos saudáveis e amizades que lhe agreguem valor. Procurar atividades prazerosas (caminha na praia, artesanato, praticar um esporte, aprender um idioma) também é uma forma de minimizar o efeito dos “pepinos” cotidianos.
Um outro problema relacionado ao consumo de drogas é, indiretamente, o estímulo à violência através do financiamento do tráfico. Os maiores consumidores de drogas no país são pessoas de renda média a elevada dado que manter um vício como o da heroína é algo bastante caro para o orçamento familiar. Uma pessoa de baixa renda, geralmente, é viciada em cigarro, bebida ou ainda em crack (mistura de cocaína com bicarbonato de sódio, de intensa dependência e seis vezes mais potente no quesito destruição do que a cocaína), devido ao baixo valor para obtenção.
A facilidade relativa de acesso às drogas ilícitas é mais um estimulante tanto para aqueles que já se encontram dependentes quanto aqueles que desejam experimentar.
Resolver a questão da droga é algo complexo demais para ser discutido nesse texto. Há os que defendem a liberação da maconha como forma de resolver a questão da proibição e consequentemente do tráfico. Entretanto, especialistas defendem que o uso da maconha é apenas o trampolim inicial para o consumo de drogas mais pesadas. Então, há os que defendem que todo e qualquer tipo de droga deva ser proibida. Os médicos e farmacêuticos são obviamente contra essa opinião, já que, dessa forma, até o simples Tylenol deveria desaparecer das nossas vidas (já que se trata de um medicamento e, portanto, uma droga, na concepção do termo).
Enfim, a discussão é enorme e polêmica. O meu recado é simples: NÃO USE DROGAS!
PS:
Saiba mais sobre os tipos de drogas, seus efeitos e consequências.
Leia e assista a história de Christiane F
Ministério da Saúde – Campanha contra o Crack
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Concorda? Não? Tem algo a acrescentar? É só comentar!